A cadeia de suprimentos automotivos é um sistema de interdependência que abrange diversos fornecedores, fabricantes e distribuidores em escala global. Nele, as peças produtivas que constituem um veículo – desde componentes mais básicos até os sistemas mais complexos, como motores e transmissões – atravessam fronteiras internacionais em diferentes estágios de produção. Essa extensa rede exige uma gestão cuidadosa e estratégica, abrangendo duas principais operações na Stellantis: Compras e Supply Chain.

Na operação de Compras, o processo inicia com a seleção e interação com diferentes fornecedores para adquirir peças produtivas, seguido por revisões e aprovações gerenciais periódicas em relação aos preços negociados. Este processo implica em numerosas negociações e análises de diversos contratos. Consequentemente, a quantidade de reajustes de preços das peças gera uma complexidade, levando a um grande volume de processos manuais e retrabalho de verificação. Esse ciclo persiste até a conclusão do fluxo com o registro e pagamento das aquisições dentro dos prazos estabelecidos.

Já em Supply Chain, o processo abrange todo o fluxo de transporte para a importação de peças. Este processo inclui serviços de fretes marítimos e aéreos, divididos em cinco etapas principais: execução do transporte, chegada das peças ao destino, nacionalização do material, armazenagem e frete in land. Durante todo o processo, uma variedade de tarifas de frete é gerada, compondo o custo logístico para a entrega nas plantas Stellantis e exigindo uma análise cuidadosa. Na fase de auditoria e processamento de pagamentos, um esforço considerável é necessário devido ao volume significativo de documentos gerados desde o início do transporte, demandando maior atenção durante a análise dos custos previstos anteriormente.

Nesse contexto, a fim de beneficiar as operações de Compras e Supply Chain vinculadas à aquisição de peças produtivas, a Stellantis propõe o desafio em busca por soluções para automatizar o reajuste de preços das peças produtivas e o pagamento de fretes, além de garantir a gestão eficiente de custos e a visibilidade entre valores de fretes pagos e previstos. Pretende-se, assim, estabelecer uma gestão abrangente desde as negociações com os fornecedores até o fluxo logístico de importação das peças, garantindo a rastreabilidade financeira e operacional e reduzindo a dependência de procedimentos manuais.