DESAFIO

Na Usina da Gerdau em Ouro Branco, grande parte das tubulações de água – tanto potável quanto industrial – encontra-se enterrada a profundidades entre 0,5 e 2 metros. As linhas de água potável são fabricadas em ferro fundido, com diâmetros variando de 50,4 a 406,4 mm, enquanto as de água industrial são em aço carbono, com diâmetros entre 2 e 54 polegadas. Com cerca de 40 anos de operação, essas tubulações já se aproximam do fim de sua vida útil. Atualmente, a manutenção é predominantemente corretiva, o que aumenta o risco de vazamentos críticos e pode gerar consequências adicionais, como o descalçamento de estruturas civis localizadas dentro da faixa de servidão.

O principal desafio consiste na identificação, de forma precisa e antecipada, de pontos de corrosão e perda de massa nas tubulações. Isso auxilia na prevenção de possíveis vazamentos, interrupções não planejadas e comprometimento do abastecimento de água. As técnicas utilizadas atualmente para esse processo possuem limitações, seja por exigirem acesso físico às extremidades das tubulações, seja por gerarem leituras imprecisas em ambientes com alta interferência metálica, como válvulas, conexões e reparos anteriores.

Neste contexto, busca-se uma solução capaz de realizar o monitoramento remoto, contínuo e não intrusivo das condições estruturais das tubulações enterradas, sem necessidade de escavações ou paralisações do processo produtivo. A solução deve ser capaz de identificar com precisão os pontos prioritários para inspeção e manutenção, otimizando recursos, reduzindo custos e tempo de intervenção.

Adicionalmente, a solução deve contribuir para a construção de um histórico técnico sobre a integridade dessas tubulações, oferecendo suporte qualificado às decisões futuras de manutenção e substituição.